Por Eduardo Vilalon
Sobre o caso do brasileiro detido para averiguação por nove horas na Inglaterra, pelo simples fato de ter um relacionamento com o jornalista que denunciou o caso de empresas, que prestam serviços a governos para vasculhar a vida online dos cidadãos dos mundo todo, e sem querer entrar no mérito da detenção:
Qual a dificuldade dos jornalistas e de qualquer um de nomear os membros do relacionamento?
Cada jornal usa um termo: parceiro, companheiro, significant other…Parceiro e companheiro são próximos de amizade. Eles são mais que isso. Significant other e qualquer que seja a sua tradução é risível! Malabarismo pra “tucanar” as relações fora da norma.
Apenas um veículo chamou de namorado. Considerável!
Como eles se definem? Se for como maridos, por que não assim chamá-los? O relacionamento é deles e quem o define deve ser eles!
Eu odeio que chamem meu namorado de amigo, parceiro, companheiro e qualquer termo que fuja de namorado. Se um dia casarmos seremos maridos! Você tem os direitos autorais para usar namorado(a)/marido/esposa apenas em relações heterossexuais? Então vá procurar algo útil pra fazer e para de encher o saco!
Sou contra a “criação” de qualquer outro termo pra definir um relacionamento homoafetivo que tenha correlação com qualquer relacionamento heteroafetivo. Nesse caso, o que muda são os componentes do relacionamento, não a forma.
Por outro lado, creio que devam ser chamados da forma como se veem. O ruim é quando se intitulam com termos que fogem o comum não por se entenderem diferentes e que o termos não os definem, mas porque são impedidos pelos de fora de verem tal como qualquer outro casal, trio ou o que quer que seja.
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