O posto era velho, iluminado por lâmpadas amareladas que zumbiam contra os insetos noturnos. Eu só parei para abastecer e esticar as pernas. Mas assim que desci do carro, vi ele encostado no para-choque de um caminhão Scania vermelho. Loirão, olhos claros, corpo de pedreiro — forte, veias saltando nos braços bronzeados, e um volume na calça jeans que parecia pedir liberdade.
Acendia um cigarro e me olhou de cima a baixo, descarado.
— Tá só de passagem ou procurando encrenca? — disse, jogando a fumaça de lado.
— Vai depender do tipo de encrenca — respondi, sentindo o calor subindo entre as pernas.
Ele jogou o cigarro fora, pisou em cima e fez sinal com a cabeça.
— Vem comigo.
Subi na boleia atrás dele. O interior era escuro, cheiro de couro, suor e homem. Assim que a porta bateu, ele virou e me prensou contra a cabine. A mão dele já descia pelo meu peito, enquanto a outra puxava minha cintura com força.
— Não gosto de perder tempo — rosnou no meu ouvido. — Tira a roupa.
Comecei a abrir a calça, mas ele foi mais rápido: ajoelhou-se e puxou minha cueca até os joelhos. Quando a boca quente dele envolveu meu pau, gemi alto, segurando nos bancos pra não desabar. Ele chupava com força, olhando pra mim o tempo todo, como se estivesse desafiando a segurar.
Depois se levantou, tirou a camisa, revelando um abdômen suado, peito largo e uma tatuagem tribal descendo pela lateral do corpo. Abriu o zíper devagar. Quando o pau dele saltou pra fora, grosso, longo, latejando — entendi que o apelido “bitrem” não era à toa.
Ele me virou de costas e me jogou na cama estreita da boleia.
— Vai sentir o peso da carga agora — murmurou.
Sem perder tempo, cuspiu na palma, se preparou e me penetrou devagar, mas firme. A sensação era intensa — um misto de dor, prazer e pura submissão. Ele socava fundo, segurando minha cintura com as duas mãos enormes, gemendo baixo, como uma fera em cio. Os quadris dele batiam nos meus com força, cada estocada mais profunda que a anterior.
— Gosta de macho bruto? — ele dizia entre as estocadas. — Então sente.
O suor escorria por nossos corpos, o barulho do couro rangendo, os gemidos abafados e aquele cheiro de sexo tomando o ar. Ele metia com gosto, até gozar fundo, com um gemido rouco e primal, me preenchendo inteiro.
Caímos juntos na cama apertada, respirando pesadamente, colados um no outro.
Ele riu e passou a mão pela minha nuca.
— Se quiser repetir, tô na estrada toda semana. Mas só pra quem aguenta rodagem pesada.